Mãe – Bebê – Avó: Dilemas Geracionais da Maternidade na Adolescência

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cavalcante, Mohana Ellen Brito Morais
Sexo
Mulher
Orientador
Pires, Flavia Ferreira
Ano de Publicação
2018
Local da Publicação
João Pesoa
Programa
Sociologia
Instituição
UFPB
Idioma
Português
Palavras chave
Infância
Gravidez
Maternidade
Geração
Marcadores sociais da diferença
Resumo

Este trabalho de dissertação apresenta reflexões e análises sobre o gestar e a maternidade no período da infância e adolescência. Durante a pesquisa conversei com meninas com idade entre 12 e 18 anos, moradoras dos estados da Paraíba, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Tenciono aqui a ideia recorrente que incide sobre a gravidez considerada precoce, a ideia de que ela não é desejada, a ideia que a gravidez é sempre um problema para a vida das mães. As pesquisas que abordam o tema concentram-se em questões de saúde e de problema social, muitas vezes deixando de lado questões sobre sociabilidade e geração presentes nesse contexto. O objetivo deste estudo foi de buscar ampliar a ideia das vivências da gravidez por crianças e adolescentes, mostrando, a partir das vozes das meninas, como a gravidez é realmente vista por elas. Buscou-se construir uma análise da relação estabelecida entre mãe e bebê durante e após a gestação de mães consideradas crianças, no intuito de aprofundar as questões sobre o bebê, a maternidade, a gestação, a sexualidade, questões afetivo-amorosas e geracionais. Assim, apresentarei uma análise sobre a gravidez na infância, considerada precoce, procurou-se compreender o significado da gravidez para essas meninas. A partir disso, a pesquisa procurou investigar as mudanças ocorridas no cotidiano familiar e social dessas meninas mães, bem como descrever a relação com a família, em especial com a avó do bebê e com o genitor, durante a gestação e nos primeiros meses pós-parto. A construção metodológica deu-se a partir de reflexões teóricas, conversas, observação participante e análises de documentos oficiais. Como resultado da análise, constatei que a gravidez não representa apenas problemas para essas mães, ela é vista também como sonho, realização pessoal, meio de busca por independência e adultez, mesmo que termine na repetição de um padrão geracional vivido pelas avós e em uma dependência ainda maior em relação às suas próprias mães. Concluo que os bebês, antes mesmo do nascimento, imprimem sua marca e presença no espaço social onde estão incluídos, manifestados pelas suas cuidadoras. Por fim, podemos observar a presença efetiva das avós maternas nos cuidados com os netos, desde o período gestacional até o pós-parto, assumindo uma responsabilidade para com as suas filhas grávidas, puérperas e com seus netos.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Brasil
Habilitado
UF
Paraíba
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Brasil
Habilitado
UF
Paraná
Referência Temporal
N/I
Localização Eletrônica
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