O artigo descreve um itinerário de pesquisas recentes sobre práticas colecionistas e destaca um recorte que propõe abordar as práticas coletivas de postagem de imagens de cidades na web, agenciadas por colecionadores, que visam constituir arquivos virtuais públicos e estabelecer reflexividades sobre as memórias locais e seus regimes de valor. Para tanto, analisa os agenciamentos operados coletivamente em duas cidades, através de páginas no Facebook (Mariana, MG; Taubaté, SP). O foco da análise objetiva evidenciar que, para além dos agenciamentos das memórias locais e seus propósitos, tais arquivos virtuais públicos configuram um campo coletivo de criação, através de procedimentos que se tipificam, incentivam e dinamizam uma cultivação das práticas colecionistas.