Pesquisa Bibliográfica

  • Castro, Carolina Maria Pozzi de
  • Magalhães, Rodrigo Silva

    Este trabalho espera engrandecer as vozes que estiveram mudas por um longo período em nossa história. No final dos anos 1970 ocorreram muitas mudanças em nossa sociedade o que provocou uma nova ordem nas relações de poder. Naquele momento, muitos movimentos sociais que estavam silenciados desde o golpe militar reapareceram no cenário político de nosso país. Entre eles havia a Associação de Moradores da Maré que teve importante papel durante o período da abertura política. Nós vivíamos uns momentos de grande turbulência no cenário político, que é comumente chamado de “democracia participativa”, ou seja, uma grande parte da população começou a pensar e discutir sobre o futuro da nação. Todos projetaram um país sem a interferência dos militares, um novo modelo de desenvolvimento econômico, uma nova forma de relacionamento entre Estado e os cidadãos, em outras palavras, um novo país.

  • Guimarães, Olmária
  • Souza, Herbert de

    Só muito recentemente é que a humanidade se deu conta de que poderia alterar radicalmente as condições do meio ambiente a ponto de destruí-lo em sua globalidade. A percepção da possibilidade da destruição total do meio ambiente produziu um salto de qualidade na consciência de humanidade e marcou um ponto de virada de uma nova época. Desde então, a ecologia se transformou no desafio moderno e na referência necessária para se repensar o desenvolvimento, a relação com a natureza e o futuro de ambos. A partir daí, o autor faz uma crítica ao desenvolvimento afirmando a importância de incorporar o pensamento ecológico e democrático aos modelos econômicos adotados pela humanidade. Neste contexto, as ONGs se constituem a crítica moderna aos fracassos e descaminhos do Estado e às deficiências de instituições clássicas como os partidos, sindicatos, empresas, universidades, que se submeteram ou se acomodaram à dinâmica do mundo oficial, entrando na órbita do capital e do Estado.

  • Spithourakis, Christian

    Visando se preparar para os megaeventos esportivos que ocorreram no país (as Olimpíadas em 2016 e a Copa do Mundo em 2014), o estado do Rio de Janeiro criou o Índice de Desenvolvimento Esportivo, que consistiu no mapeamento dos investimentos em esportes dos seus municípios. A cidade de Volta Redonda foi a primeira colocada neste ranking, sendo assim escolhida como objeto desta pesquisa, que teve como objetivo analisar as suas políticas públicas de esporte e os seus principais atores, buscando identificar características locais que foram relevantes para o alcance deste resultado. Na revisão foram abordados o conceito de políticas públicas e seus atores. O método utilizado foi o estudo de caso, por meio de um mergulho profundo na realidade pesquisada. Dentre os achados da pesquisa, destacam-se como diferenciais do município: a capacidade de obter recursos por meio de editais e emendas parlamentares, sua infraestrutura esportiva e o perfil dos atores locais do campo.

  • Spithourakis, Christian

    Visando se preparar para os megaeventos esportivos que ocorreram no país (as Olimpíadas em 2016 e a Copa do Mundo em 2014), o estado do Rio de Janeiro criou o Índice de Desenvolvimento Esportivo, que consistiu no mapeamento dos investimentos em esportes dos seus municípios. A cidade de Volta Redonda foi a primeira colocada neste ranking, sendo assim escolhida como objeto desta pesquisa, que teve como objetivo analisar as suas políticas públicas de esporte e os seus principais atores, buscando identificar características locais que foram relevantes para o alcance deste resultado. Na revisão foram abordados o conceito de políticas públicas e seus atores. O método utilizado foi o estudo de caso, por meio de um mergulho profundo na realidade pesquisada. Dentre os achados da pesquisa, destacam-se como diferenciais do município: a capacidade de obter recursos por meio de editais e emendas parlamentares, sua infraestrutura esportiva e o perfil dos atores locais do campo.

  • Perluso, Marília Luíza

    Observa a ocupação do espaço, levando em conta a visão do cidadão, beneficiário dos programas de assentamento. Demonstra que a resolução dos problemas habitacionais não passa apenas por questões de ordem objetiva, mas envolve igualmente a consciência dos indivíduos, expressa em representações de si mesmo e do outro, do morar, dos sem-tetos e da ação governamental na área da moradia. Advoga, com Sege Moscovici, que as representações sociais se constituem em corpo organizado de conhecimento e em uma das atividades psíquicas com as quais os indivíduos interpretam e elaboram a realidade em que vivem, exemplificando o processo de subjetivação do discurso de um indivíduo periférico que adquire sua casa em uma cidade-satélite.

  • Giaretta, Juliana Barbosa Zuquer

    A emergência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tem alterado os modos de vida e as relações entre os indivíduos no espaço urbano. Experiências registradas no mundo têm mostrado que os indivíduos, ao se organizarem em grupos e trocarem informações em rede, agindo como actantes, experienciam novos movimentos sociais urbanos, difundem práticas de interação colaborativas e criativas e provocam uma participação mais ativa, que busca superar os limites da esfera opinativa e consultiva. Na megacidade de São Paulo, essas iniciativas também ganham repercussão. Neste artigo são analisadas algumas dessas experiências, buscando refletir a respeito de como as TIC têm sido apropriadas na reivindicação do direito à cidade por meio da mobilização de recursos e estratégias de organização e ação dos cidadãos inseridos nesses novos movimentos.

  • Giaretta, Juliana Barbosa Zuquer

    A emergência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tem alterado os modos de vida e as relações entre os indivíduos no espaço urbano. Experiências registradas no mundo têm mostrado que os indivíduos, ao se organizarem em grupos e trocarem informações em rede, agindo como actantes, experienciam novos movimentos sociais urbanos, difundem práticas de interação colaborativas e criativas e provocam uma participação mais ativa, que busca superar os limites da esfera opinativa e consultiva. Na megacidade de São Paulo, essas iniciativas também ganham repercussão. Neste artigo são analisadas algumas dessas experiências, buscando refletir a respeito de como as TIC têm sido apropriadas na reivindicação do direito à cidade por meio da mobilização de recursos e estratégias de organização e ação dos cidadãos inseridos nesses novos movimentos.

  • Melo, Norma Moura Lacerda de

    No estudo da formação das sociedades urbanas e do conseqüente modelamento dos espaços citadinos, a abordagem sob a ótica exclusivamente econômica tem encontrado severas limitações e tem-se mostrado insatisfatória. Para uma melhor evidenciação dos conceitos e relações que regem o processo de estruturação e formação dos espaços urbanos, a autora elegeu a urbe recifense como área de investigação. A partir da sua tese de doutorado, defendida em 30/06/93 e intitulada Ä Produção Social dos Interesses Fundiários e Imobiliários, na qual trata a gênese e a evolução, de índole mercantil capitalista, e o mercado em que se exprime a dinâmica imobiliária local, é analisado o conjunto de localidades conhecido pela designação toponímica de bairro de Casa Forte. A seu turno, a percepção dessa dinâmica abriu caminho para consideração de fatores não econômicos, de feição não raro mais simbólica do que material, como aqueles referentes às representações que os indivíduos ou grupos têm de seus espaços residenciais.

  • Requena, Wendie Aparecida Piccinini

    O Objetivo desta dissertação é compreender o Papel do Arranjo Produtivo de Joias e Bijuterias no desenvolvimento urbano do município de Limeira, no Estado de São Paulo. Para tanto, num primeiro plano são abordados conceitos de Arranjos Produtivos Locais e suas vantagens econômicas, bem como de organização no espaço. Observam-se também problemas ambientais decorrentes das práticas industriais implantadas e seus principais impactos no meio ambiente. O processo de interiorização do desenvolvimento do Estado de São Paulo, o conceito de desenvolvimento sustentável, a região definida pela bacia hidrográfica e o planejamento e gestão municipal foram focalizados e situados no contexto. Em seguida analisa-se o segmento de Joias e Bijuterias de Limeira, procurando focalizar suas características socioeconômicas e geradoras de trabalho, sua localização na área urbana, bem como as políticas públicas em vigor e sua relação com o desenvolvimento sócio ambiental. 

  • Sá, Djalma de

    Este artigo tem por objetivo apresentar uma visão geral do papel do estado no processo de formação industrial do estado do Paraná, bem como do planejamento do ordenamento territorial para atração de investimentos industriais. Coloca-se em pauta o papel do estado no desenvolvimento da região da Grande Curitiba, bem como as teorias locacionais que justificam a atratividade da região para a atividade industrial, tanto na década de 1970 quanto no processo inicial de industrialização nos anos 1990, quando da reestruturação e consolidação do processo e, nos anos 2000, como forma de buscar uma reestruturação e desconcentração industrial. Os resultados apontam que a eficiência do Estado em atrair indústrias nos anos 1970 não teve o mesmo sucesso na desconcentração da atividade, demonstrando a fragilidade da atuação do estado na expansão das políticas de industrialização como instrumento de incentivar e descentralizar o desenvolvimento regional. Por fim, o trabalho aponta que há uma forte centralização industrial e concentração econômica nessa região paranaense que pode ser explicada pelos existência de fatores locacionais que contribuem para a atratividade industrial dessas regiões.

  • Sá, Djalma de

     

    Este artigo tem por objetivo apresentar uma visão geral do papel do estado no processo de formação industrial do estado do Paraná, bem como do planejamento do ordenamento territorial para atração de investimentos industriais. Coloca-se em pauta o papel do estado no desenvolvimento da região da Grande Curitiba, bem como as teorias locacionais que justificam a atratividade da região para a atividade industrial, tanto na década de 1970 quanto no processo inicial de industrialização nos anos 1990, quando da reestruturação e consolidação do processo e, nos anos 2000, como forma de buscar uma reestruturação e desconcentração industrial. Os resultados apontam que a eficiência do Estado em atrair indústrias nos anos 1970 não teve o mesmo sucesso na desconcentração da atividade, demonstrando a fragilidade da atuação do estado na expansão das políticas de industrialização como instrumento de incentivar e descentralizar o desenvolvimento regional. Por fim, o trabalho aponta que há uma forte centralização industrial e concentração econômica nessa região paranaense que pode ser explicada pelos existência de fatores locacionais que contribuem para a atratividade industrial dessas regiões.

  • Almeida, Florisvaldo Cavalcante de

    O objeto deste trabalho é esclarecer o papel do Estado-membro no planejamento metropolitano diante do ordenamento jurídico urbanístico brasileiro. Partiu-se da premissa de que toda a ação estatal deve estar prevista, de forma implícita ou explícita na Constituição Federal. De início, procurou-se, fazendo uma interpretação lógico-sistêmica do texto constitucional, apontar o objeto de estudo do Direito Urbanístico, o qual constitui um Direito instituidor de políticas públicas, que precisa da atuação positiva do Estado para sua implementação. Tal atuação deve se dar de maneira planejada. Com isso, foi possível determinar que o planejamento seja considerado o principal instrumento de estruturação deste ramo do Direito, cuja competência foi atribuída, pelo texto constitucional, a todos os entes federativos. Todos os entes tem o dever de tratar do planejamento urbanístico, uma vez que competência significa um dever/poder, um poder vinculado à determinada finalidade. Passou-se a investigar a Região Metropolitana, arranjo institucional, cuja criação tem por finalidade imediata instituir um planejamento metropolitano integrado para tratar das funções públicas de interesse comum. Detectou-se que a titularidade dessas funções públicas é do Estado-membro e dos Municípios integrantes da figura Regional. Consequentemente, a elaboração e execução dessas funções deve se dar por esses entes de forma compartilhada. Concluiu-se que compete ao Estadomembro, além da criação da Região Metropolitana, a organização, o planejamento e a execução das funções públicas de interesse comum, devendo assegurar a participação dos Municípios que integram a figura Regional e da sociedade civil na organização, no planejamento e na execução das funções públicas de interesse comum

  • Souza, Hélio Araújo de
  • Beré, Cláudia Maria
  • Almeida, Paulo Vicente Bonilha

    Os sistemas de saúde orientados pelos princípios da Atenção Primária à Saúde alcançam melhores indicadores de saúde, têm menores custos e maior satisfação dos usuários. Entretanto há muitas divergências sobre as formas de estruturá-los, para obtenção destes princípios. Em muitos países a Atenção Primária é prestada por médicos de família, que funcionam como porta de entrada do sistema de saúde, acompanhados ou não por outros profissionais de saúde. Médicos de outras especialidades também podem estar disponíveis, como pediatra, ginecologista, clínico geral, e outros. No Brasil, desde 1994, o Ministério da Saúde vem implantando o Programa de Saúde da Família (PSF), como estratégia central da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde. O PSF baseia-se no trabalho de uma equipe composta por um médico de família generalista, uma enfermeira, um ou mais auxiliares de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde. Esta composição das equipes de saúde da família tem sido criticada como insuficiente, principalmente nos grandes centros urbanos, para dar conta das diversas e complexas realidades de saúde do país. Uma das críticas é em relação à ausência do médico pediatra na equipe. Este trabalho analisou parte da experiência do programa no município de Campinas (SP-Brasil), denominado de PSF-Paidéia e implantado com adaptações à realidade local, entre as quais a existência de pediatra em cerca de 140 equipes. O objetivo foi conhecer a visão de pediatras e médicos de família sobre a atenção à saúde da criança por eles praticada, os limites e avanços deste modelo tecno-assistencial, o papel de cada um neste trabalho e como pensam idealmente a existência do pediatra no programa. Para tanto, foi utilizada metodologia qualitativa e, como técnica de coleta de dados, entrevistas semi-estruturadas. Trabalhou-se com uma amostra intencional, selecionando para entrevistas pediatras e médicos de família de 10 equipes, indicadas pelos distritos de saúde do município, como as melhores segundo a adesão às diretrizes do PSF-Paidéia. A técnica de tratamento dos dados colhidos foi a da Análise de Conteúdo, na modalidade Análise Temática. Os avanços mais valorizados são o trabalho em equipe e as reuniões de equipe, para elaboração de projetos terapêuticos singulares. Já como limites: o volume de pronto-atendimento e o excesso de famílias cadastradas por equipe. A atenção à criança é realizada basicamente pelo pediatra e somente na ausência deste o médico generalista a atende. A melhoria da capacitação do médico de família para o cuidado à criança é vista como fundamental. Houve uma quase unanimidade de reconhecimento da importância do pediatra na atenção básica e não como referência à distância, pela ampliação da resolutividade que traria para a equipe in loco. Entretanto, foram apontadas críticas à sua atuação, muito focada no referencial biomédico e no consultório médico, havendo necessidade de maior envolvimento com o trabalho em equipe, os aspectos psicossociais, a família e o território, para que ele possa se legitimar plenamente como necessário nas equipes de saúde da família. Para dar conta do complexo perfil de morbidade das crianças e adolescentes do século XXI o pediatra geral da atenção primária precisaria de uma nova formação. Também parece importante uma melhor definição, pelos órgãos gestores, do papel do pediatra nas equipes do PSF-Paidéia, bem como na atenção primária à criança no SUS.

  • Cuchukos, Maricel Noemi

    Uma melhor e mais eficaz participação dos cidadãos nos processos para estabelecer novos projetos e programas de gerenciamento de resíduos nas áreas urbanas, é o ponto chave para o esforço, visando alcançar o desenvolvimento sustentável. Vem se tornando evidente para os especialistas que o tratamento dos problemas de gerenciamento de serviços sólidos pelos governos municipais não é eficiente como poderia ou deveria ser. O propósito desta dissertação é a comparação dos cenários intencionais e reais de gerenciamento dos resíduos sólidos em duas cidades com similares características: Santos, estado de São Paulo, Brasil, e Santa Fé, Província de Santa Fé, Argentina. Os dados a respeito desses sistemas foram coletados e interpretados sob vários enfoques. A pesquisa bibliográfica foi feita de maneira a fornecer confiáveis informações a respeitos daquelas cidades. Foram realizadas pesquisas de campo visando verificar as diferenças e similaridades entre os dois sistemas estudados. Foram avaliados comportamentos pessoais sob o ponto de vista de certos aspectos: de comportamentos sociais, econômicos, educacionais, políticos, e de gerenciamento urbano ambiental. Alguns problemas relacionados à obtenção de informações a partir dos órgãos públicos foram encontrados nos dois sistemas, tornando-se evidente o despeito do enfoque holístico aplicado ao desenho de projetos adequados de gerenciamento de resíduos, que no estágio da sua implementação freqüentemente enfrentam a falta de um entrelaçamento entre as boas intenções e a sua viabilidade.

  • Sant'Anna, Maria Josefina Gabriel

    Maria Josefina Gabriel Sant'Anna apresenta os marcos teóricos e metodológicos de uma pesquisa que investiga o papel dos fenômenos de segregação residencial na reprodução da pobreza e das desigualdades. Indaga, em particular, qual o papel do território na configuração das oportunidades educativas, tendo como base as noções de efeito escola e efeito vizinhança. A investigação é marcada por uma abordagem que transita na interface de duas áreas do conhecimento: a sociologia urbana e a sociologia da educação, tanto em sua aproximação teórica quanto em sua estratégia metodológica. Toma como pressuposto que os vários elementos da vida social podem ser influenciados pelas condições do espaço social em que os indivíduos vivem.

  • Murachco, Karine

    Seria o transporte coletivo um elemento de construção da cidade? Do início do século XX até os anos 1930, São Paulo organizou-se em volta e ao longo das linhas férreas e do bonde. Posteriormente, a consolidação do ônibus como principal meio de transporte criou possibilidades de expansão urbana ilimitada e desordenada. A partir dos anos 1950 e mais fortemente na década seguinte, assiste-se ao processo de metropolização da cidade e o sistema de transportes metropolitanos tarda a organizar-se. O metrô tem a pretensão de ser o estruturador do sistema, contudo a lentidão de sua implantação não lhe permite desempenhar o seu papel. Diversos sistemas acabam concorrendo entre si, sem que haja um projeto comum que teria as dimensões da metrópole. É assim que o projeto de corredores aparece, mas, também é implantado de forma incompleta. A cidade e as necessidades relativas ao sistema de transportes crescem mais do que a capacidade do poder público em implantá-las. Atualmente assiste-se a novas tentativas de planejamento integrado como o Plano Integrado de Transportes Urbanos - PITU 2020 ou como os projetos de remodelação do sistema de transporte sobre pneus. Os corredores de ônibus pretendem, além de dar soluções para o transporte coletivo do ponto de vista operacional, desenhar a cidade, conferindo qualidade ao espaço público e às dinâmicas urbanas.