Arte e estética

Cidadania autoconstruída: a audácia na escrita da Carolina Maria de Jesus

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Cavalcante, Rebeka Lima
Sexo
Mulher
Orientador
Severi, Fabiana Cristina
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Ribeirão Preto
Programa
Desenvolvimento no Estado Democrático de Direito
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Carolina Maria de Jesus
Cidadania
Cidadania autoconstruída
Cidade negra
Resumo

A presente dissertação buscou compreender a agência negra na construção de espaço/espacialidade de cidadania na produção literária Carolina Maria de Jesus. O conceito de cidade negra foi utilizado como categoria analítica, visando compreender as ações e articulações das pessoas negras em (re)construir identidades e elementos culturais por meio da constituição de espaços sociais. O método analítico-interpretativo (KARAM, 2017) utilizado para a guiar o procedimento de aproximação da produção literária da Carolina com o direito, incorporando a análise literária como ferramenta de coleta de dados. A presente pesquisa teve como objeto de estudo os seguintes livros: Diário de Bitita, Quarto de despejo: diário de uma favelada, Casa de alvenaria: Osasco e Casa de alvenaria: Santana. A categoria analítica, cidades negras, permitiram compreender e aproximar os dados da análise literária do direito. Utilizando o conceito de direito autoconstruído, foi possível compreender as ações cotidianas individuais e coletivas na autodeterminação do sujeito coletivo na produção literária da Carolina Maria de Jesus.

Disciplina
Referência Espacial
Cidade/Município
Osasco
São Paulo
Bairro/Distrito
Santana
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1982-1963
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/107/107131/tde-17082023-091207/pt-br.php

Guimarães Rosa e outros escritores provincianos latino-americanos (Arguedas, Rulfo, Rosa Bastos e García Marquez)

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Torres, Mario René Rodríguez
Sexo
Homem
Orientador
Natali, Marcos Piason
Código de Publicação (DOI)
https://doi.org/10.11606/D.8.2009.tde-20082009-154650
Ano de Publicação
2009
Programa
Teoria Literária e Literatura Comparada
Instituição
USP
Idioma
Português
Palavras chave
Campo e cidade
Oralidade e escrita
Regionalismo
Transculturação
Tradição e modernidade
Resumo

Neste trabalho, proponho-me examinar a obra de João Guimarães Rosa (principalmente Grande Sertão: Veredas e alguns contos) em relação com as obras mais reconhecidas de outros escritores junto com os quais conformaria o grupo que José María Arguedas denomina escritores provincianos: Juan Rulfo, o próprio Arguedas e, embora menos próximo a eles, García Márquez. Além destes autores, examino sua relação com Augusto Roa Bastos, autor que a crítica posterior a Arguedas inclui entre os provincianos. Analisa-se por que estes escritores se apresentam como humildes camponeses, vaqueiros ou índios que não gostam dos intelectuais e escrevem obras que parecem narradas por um membro das culturas fundamentalmente orais de suas regiões de origem. Aponta-se que o objetivo dos provincianos é fazer surgir a província no literário em uma escrita que tem como destino a cidade, em resposta aos processos de modernização que parecem condená-la a desaparecer. Avalia-se o que fica dessa resposta, sugerindo-se que pode ser uma ruína. Na análise sobre a proposta narrativa dos provincianos são consideradas diferentes interpretações dedicadas a esse tema, desde os estudos clássicos de Ángel Rama e Antonio Candido até alguns textos que questionaram esses estudos, como os de Alberto Moreiras e Idelber Avelar.

Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
Séc. XX
Localização Eletrônica
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-20082009-154650/pt-br.php

As Metáforas do Fazer: Um Estudo sobre a Dinâmica Cultural das Classes Populares Urbanas

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Pozzi, Alejandra Ana Rotania de
Sexo
Mulher
Ano de Publicação
1984
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia
Instituição
IUPERJ
Idioma
Português
Palavras chave
Classe social
Espaço urbano
Cultura
Disciplina
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
1980

AS PRÁTICAS DE LAZER E A SOCIABILIDADE NOS ESPAÇOS PÚBLICOS EM ALAGOINHAS-BA (1900–1930)

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Lima, Lizandra de Souza
Sexo
Mulher
Autor(es) Secundário(s)
Junior, Coriolano P. da Rocha
Sexo:
Homem
Título do periódico
Recorde
Volume
15
Ano de Publicação
2022
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Modernidade
Divertimento
Sociabilidade
Resumo

Este estudo tem como objetivo compreender o processo histórico de constituição dos espaços públicos destinado às práticas de lazer e sociabilidade na cidade. Para tanto, guiamo-nos pela pergunta: Qual o processo histórico que envolve a (re)estruturação dos espaços públicos de lazer e de sociabilidade na cidade de Alagoinhas-BA entre 1900 e 1930? Sob a metodologia da História Cultural analisamos periódicos locais e obras literárias e acadêmicas ligadas ao objeto e período em questão. Concluímos que, mesmo sem o perfil dos conceitos atuais, as práticas de lazer induziram a (re)estruturação dos espaços urbanos e dos hábitos culturais locais. Em suma, tratar das tensões do lazer transpõe o aspecto social e incide nas transformações do espaço da ação.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Alagoinhas
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
1900–1930
Localização Eletrônica
https://revistas.ufrj.br/index.php/Recorde/article/view/56046

CORPOS NEGROS NO FILME “UM DIA NA RAMPA”: ENTRE O RITO DE AMACIAMENTO DO PESO E A VADIAÇÃO DA CAPOEIRA

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Júnior, Luís Vitor Castro
Sexo
Homem
Autor(es) Secundário(s)
Santana, Alisson Oliveira Soares de
Sexo:
Homem
Título do periódico
Recorde
Volume
16
Ano de Publicação
2023
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Corpos negros
Capoeira
Cinema
Gestualidade
Resumo

Este texto consiste em realizar uma análise do curta-metragem “Um dia na Rampa” (1960), de Luíz Paulino dos Santos, tomando como foco os enunciados dos corpos negros subjacentes no filme. Procura-se abordar a natureza dos registros, identificando o poder-potência das práticas cotidianas da época. Para isso, foram selecionadas as imagens que categorizam a experiência do corpo, versando sobre “o rito de amaciamento do peso” - dispositivo usado pelo corpo para lidar com a força do trabalho - e buscando identificar os enunciados corporais do jogo de capoeira no momento da “folga/vadiação”. Tais elementos, constituíam as relações complexas de trabalho/divertimento presentes nas margens sociais.

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Salvador
Macrorregião
Nordeste
Brasil
Habilitado
UF
Bahia
Referência Temporal
1960
Localização Eletrônica
https://revistas.ufrj.br/index.php/Recorde/article/view/62446

CARNAVAL, FUTEBOL E FUNK: CONEXÕES ENTRE AS TORCIDAS DO RIO DE JANEIRO E A CULTURA MUSICAL DA CIDADE

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Belart, Victor
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
32
Ano de Publicação
2021
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Torcidas de futebol
Funk carioca
Torcidas organizadas
Neofanfarras
Carnaval
Resumo

Proponho aqui breves interconexões entre a musicalidade de torcidas do Rio de Janeiro e outros importantes movimentos culturais cariocas. Ao longo dos últimos 25 anos, elas incorporaram outras referências para além do samba para tocar, cantar e fazer festa em estádios. Compreendendo inicialmente o final dos anos 90, faço algumas relações dessas torcidas com a efervescência do funk carioca naquele período. Em seguida, apresento como uma década mais tarde - da mesma maneira que ocorreu em alguns blocos de Carnaval - alguns movimentos torcedores absorveram ritmos internacionais em seus cantos e baterias, fato que não era habitual em torcidas do Rio. O artigo incorpora autores como Leda Costa, Ronaldo Helal, Irlan Simões Santos e Micael Herschmann, aproximando estudos da comunicação que tratam de esporte e de música. Com isso, busco apresentar como, para além de algumas vezes tratadas na imprensa como vilãs, organizações de torcedores de futebol têm um modo bastante criativo de agir musicalmente em diálogo com o que acontece no resto da cidade e no mundo globalizado.
 

Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1995-2020
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49492

Funk para além da festa: um estudo sobre disputas simbólicase práticas culturais na cidade do Rio de Janeiro

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Silva, Luciane Soares da
Sexo
Mulher
Orientador
Machado da Silva, Luiz Antonio
Ano de Publicação
2009
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia e Antropologia
Instituição
UFRJ
Idioma
Português
Palavras chave
Funk
Expressões culturais
Disputas simbólicas
Rio de Janeiro
Resumo
Como um fenômeno cultural de massa, os bailes denominados na cidade do Rio de Janeiro como "bailes funk" constituem o objeto desta tese. O objetivo é compreender as práticas culturais relacionadas ao baile. Ou seja, circuitos de composição, relação com as gravadoras, com o tráfico local e principalmente as classificações identitárias em torno do termo "funkeiro", que desde a década de 90 têm implicações diretas nas discussões sobre ordem urbana. O universo empírico localiza-se em favelas cariocas e mais especificamente interessam os "bailes de comunidade". Contudo os impactos destes bailes e do funk como expressão de uma parcela da juventude pobre, transcendem os territórios de favela. A pesquisa fundamenta-se em entrevistas, etnografia, análise de documentos, jornais e letras de música para problematização da relação entre práticas culturais, classificações e estigma. Uma hipótese desta pesquisa aponta para existência de disputas simbólicas entre diversos atores dentro e fora das favelas pesquisadas. Neste sentido, o funk como termo polissêmico é tema para discussões sobre ordem urbana, estética, entretenimento, geração de renda, etc. Esta hipótese reforça o argumento sobre a necessidade de estudar o fenômeno não apenas como forma de entretenimento mas como importante eixo articulador de mapas cognitivos em circulação na cidade do Rio de Janeiro.
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
Referência Temporal
1990-2009
Localização Eletrônica
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=193587

ENTRE A MARGINALIZAÇÃO E A ESPORTIVIZAÇÃO: ELEMENTOS PARA UMA HISTÓRIA DA JUVENTUDE SKATISTA NO BRASIL

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Brandão, Leonardo
Sexo
Homem
Título do periódico
Recorde: Revista de História do Esporte
Volume
1
Ano de Publicação
2008
Idioma
Português
Palavras chave
Juventude skatista
Espaço urbano
Punk
Resumo

Considerando o esporte como assunto historiográfico e pertinente para se entender questões relacionadas à cultura e às práticas sociais, este artigo explora elementos da esportivização e marginalização do skate - pensado como um esporte radical e jovem no Brasil. Fruto de uma dissertação de Mestrado em História defendida na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) em janeiro de 2007, a proposta parte da lógica de uma História do Tempo Presente e investiga transformações compreendidas entre as décadas de 60 e 80 do século passado, período que inclui tanto a introdução da prática do skate no país quanto sua proibição pela prefeitura de São Paulo. Por ser uma pesquisa apoiada em referenciais da História Cultural, utiliza-se uma série de revistas, cartas e depoimentos para compreender as representações dos skatistas no espaço urbano, buscando também interpretar a associação entre esta atividade e a cultura punk.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1960-1989
Localização Eletrônica
https://revistas.ufrj.br/index.php/Recorde/article/view/778

A pixação e o grafite podem ser artes de combate? Negociações e sociabilidades nas margens do tecido urbano

Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Costa, Wagner Maia da
Sexo
Homem
Orientador
Silva, Luiz Antonio Machado da
Ano de Publicação
2015
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Programa
Sociologia
Instituição
UERJ
Página Final
132
Idioma
Português
Palavras chave
Grafite/pixação
Sociabilidade
Margens
Conflitos e negociação
Resumo

Este estudo é um olhar sociológico sobre duas manifestações estéticas: grafite e pixação. Nesse trabalho são compreendidas como lugares de experiências de artes de combate nas margens do tecido urbano (DAS.; POOLE, 2008). Provocado pelo desconforto causado pela leitura da literatura especializada sobre essas duas manifestações que tende alimentar uma oposição entre os que outrora foram considerados manifestações de um mesmo mundo, questiona-se o status dado ao grafite, considerado a nova manifestação artística do século XXI (SOUZA, 2013). Em contraposição a estas pesquisas pretende-se, nesse trabalho, privilegiar tanto o grafite, quanto a pixação enquanto manifestações das ruas, onde suas sociabilidades, conflitos, negociações fazem parte desse meio e sob o qual os atores e atrizes tendem a valorizar como espaço de liberdade e criação de seus grafites e pixações. Os principais conceitos teóricos em que se baseia essa pesquisa são mecanismos de desencaixe, através das fichas simbólicas, sistema perito e reencaixe, denominado por risco e amizade (GIDDENS, 1992). Esses conceitos permitem discutir a posição de que embora seja crescente o número de espaços alcançados pelo grafite, como galerias, museus, bienais, casas de artes, universidades, dentre outros, ele ainda se constitui como manifestação das margens do tecido urbano (DAS.; POOLE, 2008). Essas manifestações artísticas permitem que seus atores e atrizes consigam negociar e trafegar nas diversas fronteiras entre o legal e ilegal (TELLES, 2010.; 2013). O estudo sugere três pontos relevantes sobre as sociabilidades dessas manifestações. No primeiro ponto, constatou-se que é prematuro afirmar que o grafite seja a nova expressão artística do século XXI, apesar de ter ganhado diversos espaços que não só seu tradicional ambiente: a rua. Isso porque diversas técnicas e estilos encontram-se, ainda sob o rótulo de criminalidade, tais como: Bomb, Throw-up, Tag, Grapixo e o Lambe-Lambe. Uma segunda sugestão é que existe possibilidade de negociação nas margens do tecido urbano e para tanto, os atores e atrizes, utilizam-se de diversos mecanismos de agenciamentos para sua própria proteção nas façanhas. Uma última sugestão apresentada nessa dissertação é a de que grafite e pixação podem ser artes de combate, principalmente com a participação das mulheres nesse processo, mas para isso, os indivíduos que as fabricam tendem a separar essa mesma arte de combate através da ideia de pintar como forma de protesto, contra o rótulo de desenhar, que segundo os próprios grafiteiros(as) e pixadores(as), seria uma forma de embelezar a cidade, não sendo assim uma arte de combate das injustiças e opressões contidas na sociedade.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
Referência Temporal
2014-2015
Localização Eletrônica
https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/15566#preview-link0

Hinos de Futebol em Portugal e no Brasil: dos hinos marciais aos populares

Tipo de Material
Artigo de Periódico
Autor Principal
Cornelsen, Elcio Loureiro
Sexo
Homem
Título do periódico
Esporte e Sociedade
Volume
23
Ano de Publicação
2014
Local da Publicação
Rio de Janeiro
Idioma
Português
Palavras chave
Poesia
Música
Futebol
Hinos de clubes
Discurso
Resumo

Nossa contribuição visa à análise comparativa das letras de alguns hinos de clubes de futebol de Portugal e do Brasil à luz da fase de transição dos hinos marciais das primeiras décadas do século XX para os hinos populares a partir da década de 1940. Para isso, elegemos as letras dos hinos do Sport Lisboa e Benfica de Portugal e, respectivamente, do Fluminense Sport Club, do Brasil para comporem o corpus de análise. Em termos metodológicos, a partir de um olhar transdisciplinar, pensamos a relação entre literatura, música e futebol através da análise das letras de hinos, tomando por base seus elementos líricos, épicos e dramáticos.

Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Brasil
Habilitado
País estrangeiro
Portugal
Referência Temporal
1900-1950
Localização Eletrônica
https://periodicos.uff.br/esportesociedade/article/view/49206