Urbanização e o Custo de Reprodução da Força de Trabalho

Esse estudo tem por objetivo identificar os efeitos da urbanização sobre o custo de reprodução da força de trabalho. Mais precisamente, visa a investigar, no âmbito do Estado de São Paulo, o comporto de taxa de salário por categoria de mão-de-obra, à medida que varie o grau de urbanização. Com estes propósitos, o estudo está voltado primordialmente para duas categorias econômicas: o salário e a renda do solo urbano, para as quais consta extensa revisão bibliográfica. Tem-se como hipótese de trabalho que, contribui para aumentar, simultaneamente, os preços das moradias dos assalariados e os custos de acesso dos trabalhadores ao local de emprego e a outros valores de uso urbanos. Tais efeitos devem atuar de forma compensatória na determinação dos salários nominais, a fim de que se mantenha uniforme a taxa de salário real, por tipo de qualificação de mão-de-obra, segundo tamanho urbano. Embora os resultados empíricos confirmem a correlação positiva entre a renda fundiária e o tamanho dos centros urbanos, e também que a taxa de salário nominal para categorias de mão-de-obra com igual qualificação seja do mesmo modo maior em centros de maior porte, não é menos verdade que nestes centros urbanos as estruturas de gastos sejam proporcionalmente mais elevadas, resultando daí um saldo líquido negativo, principalmente para as faixas de renda mais baixas.