Racionalidade, Resistência e Especulação no Espaço Urbano: A Política de Regularização Fundiária no Brasil (Rio de Janeiro) e na Argentina (Buenos Aires)

Tipo de material
Tese Doutorado
Autor Principal
Turrado, Verônica
Sexo
Mulher
Orientador
Gomes, Maria de Fátima Cabral Marques
Código de Publicação (DOI)
31001017066P9
Ano de Publicação
2012
Local da Publicação
Brasil
Programa
Serviço Social
Instituição
UFRJ
Página Inicial
1
Página Final
265
Idioma
Português
Palavras chave
Regularização fundiária
Exclusão socioespacial
Favela
Resumo

O presente trabalho analisa a origem e desenvolvimento da Política de Regularização Fundiária no Brasil (Rio de Janeiro) e na Argentina (Buenos Aires), a partir uma perspectiva histórica e comparada. Nele são destacados os mecanismos (econômicos, políticos e jurídicos) que foram postos em marcha nesses dois países para enfrentar a histórica, consolidada e cada vez mais visível exclusão socioespacial de grandes contingentes da população urbana. Entrevendo, nesses mecanismos, as relações entre os processos de privatização da terra como ante-sala do aprofundamento da privatização ou mercadorização da cidade. Diversas foram as políticas públicas urbanas implementadas na tentativa de reduzir o drama urbano, este estudo enfatiza - no período da última transição de século - a Política de Regularização Fundiária (PRF) dirigida particularmente a favelas (ou villas) como expressão de um deslocamento na ação dos governos (em que ganha centralidade a questão fundiária dos assentamentos informais). São aqui focalizados os aspectos ligados à origem, às bases conceituais, às influências internas e externas, à consolidação e às contradições inerentes à PRF nos dois países e nas duas cidades. Para ilustração destes processos, são recuperados alguns elementos de duas experiências locais (Rocinha e Villa 31). Os eixos de análise desdobrados em três capítulos visam o aprofundamento da seguinte tese: a estruturação da PRF resultaria da articulação entre o processo histórico de configuração da propriedade privada individual nas políticas estatais e a forma mercadoria internacionalizada assumida pela terra urbana. Assim, a origem da PRF estaria mais atrelada ao novo modelo de cidade-mercadoria (com as sua necessidade de reconfiguração do espaço urbano) do que às demandas populares vinculadas com a segurança da posse, a construção, participação e a permanência na cidade. No entanto, a dialética e a riqueza do conflito urbano não permitem a polarização dos atores nem das suas estratégias tampouco a simplificação da relação entre o aparelho de Estado e as demandas sociais em cada cidade. Os interstícios de cada formação social e do momento histórico particular em que a PRF se consolida, abrigam a complexidade e marcarão os matizes próprios, diversos e contraditórios que motivam este estudo.

Autor do Resumo
Autor
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Referência Espacial
Cidade/Município
Rio de Janeiro
Bairro/Distrito
Rocinha; Villa 31
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
Rio de Janeiro
País estrangeiro
Argentina
Especificação da Referência Espacial
Buenos Aires
Referência Temporal
Século XX - Século XXI
Localização Eletrônica
http://objdig.ufrj.br/30/teses/808321.pdf