Tipo de material
Dissertação Mestrado
Autor Principal
Silva, Ana Amélia da
Sexo
Mulher
Orientador
Kowarick, Lúcio Félix Frederico
Ano de Publicação
1982
Local da Publicação
São Paulo
Programa
Ciência Política
Instituição
USP
Página Final
205
Idioma
Português
Palavras chave
Cidadania
Estado
Movimentos sociais
Lutas sociais
Resumo
A dissertação aborda algumas das relações entre o Estado brasileiro e a sociedade civil. Tendo selecionado a conjuntura que vai de 1971 até 1982, o objeto específico recai na análise da FEPASA (Ferrovias Paulistas S.A.), um aparato de Estado responsável pela provisão, distribuição e gestão de um serviço público (de consumo coletivo) - o transporte ferroviário de subúrbios. Emergindo como empresa estatal em 1971, a intervenção da FEPASA se caracteriza, primordialmente, pela elaboração e implementação do Plano de Remodelação dos Subúrbios - PRS, com o objetivo de melhoria da oferta de seu serviço público, especialmente na região oeste da Grande São Paulo que engloba os municípios de Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira e Itapevi. Esta região abriga grande contingente de trabalhadores com baixos níveis de rendimentos mensais, onde o acesso ao trem de subúrbio passa a ser elemento vital no cotidiano da sua reprodução enquanto força de trabalho. No intuito de qualificar a intervenção do aparato de Estado e os problemas e enfrentamentos das classes trabalhadoras da região no acesso a esse serviço público, apresentam-se duas dimensões de análise. A primeira procura vincular o papel recente do Estado na dinâmica da reprodução ampliada do capital e da força de trabalho, ao estilo de dominação vigente que se traduz por seus aspectos autoritários-tecnocráticos. Neste sentido, adquirem relevância as condições de reprodução das relações de exploração, espoliação e opressão, expressas no conteúdo e nas formas pelas quais o Estado tenta equacionar e administrar a questão social implícita na provisão e gestão dos serviços de consumo coletivo. Desta forma, analisam-se tanto as condições de espoliação que se verificam no acesso cotidiano da força de trabalho ao trem de subúrbio, como os condicionantes e as formas de opressão que derivam das relações que o aparato de Estado estabelece com os usuários de seus serviços. A segunda dimensão de análise constitui a verificação - através do discurso e da prática - de como as classes trabalhadoras-usuárias percebem e sentem no seu cotidiano as condições de espoliação e opressão, e quais as formas de oposição e enfrentamento que redefinem o Estado enquanto adversário. Assim, impõe-se a análise dos conflitos que se dão em torno do acesso ao trem de subúrbio, procurando seu significado no conjunto dos conflitos sociais urbanos recentes. |
Disciplina
Método e Técnica de Pesquisa
Qualitativo
Área Temática
Referência Espacial
Região
Região Metropolitana de São Paulo
Cidade/Município
Osasco
Carapicuíba
Barueri
Jandira
Itapevi
Macrorregião
Sudeste
Brasil
Habilitado
UF
São Paulo
Referência Temporal
1971-1982