Pesquisa Bibliográfica

O artigo observa que a instalação da República no Brasil coincide com um período de grandes transformações na cidade do Rio de Janeiro, analisando essas mudanças econômicas, políticas e culturais sob o ângulo das experiências cotidianas dos agentes sociais da grande cidade.

Este livro, uma publicação do Conselho Nacional de Geografia, é resultado do trabalho empreendido por uma equipe de geógrafos da Divisão de Geografia através de pesquisas realizadas no decorrer do ano de 1961, sob a orientação de Michel Rochefort (da Universidade de Estrasburgo). No texto central, escrito por Lysia Maria Cavalcanti Bernardes são expostas as conclusões finais do trabalho. Conforme a autora, sendo a cidade o elemento em torno do qual se organizam as regiões (áreas de organização funcional), não se pode compreender os problemas de uma grande cidade ou pretender resolvê-los, sem conhecer os limites da região urbana e as características da estrutura econômica e social da mesma; sem definir dentro dessa região polarizada, os laços de subordinação entre as diversas cidades, a organização complexa de suas relações, a sua repartição umas em relação às outras. Não sendo a captial de um grande estado, como a cidade de São Paulo, que tem dentro da mesma unidade política que lidera, uma boa parte da rede urbana a ela subordinada, o Rio de Janeiro vê agravados muitos de seus problemas devido ao fato de sua região de influência, mesmo a mais imediata, encontrar-se dividida entre estados diferentes. É bastante expressivo o fato de o próprio espaço urbano da metrópole hoje se estender às áreas limítrofes od estado do Rio de Janeiro, no qual se situam até mesmo as fontes abastecedoras de água e enrergia da grande aglomeração. Além disso, como capital da República, esta cidade vira reforçados muitos daqueles laçoes que a ligavam aos demais núcleos urbanos de sua região, e depois, perdida a posição de centro político, e prejudicadas as suas funções de centro administrativo e financeiro do país. Interessa pois saber se tal mudança veio interferir na atuação da metrópole sobre a sua antiga área de influência e, em caso positivo, de que maneira. Por outro lado, a grande proximidade com São Paulo, metrópule concorrente em ritmo de expansão industrial muito mais acelerado, veio modificar, muitas vezes, a estrutura tradicional das relações entre os núcleos urbanos dentro da região do Rio de Janeiro, sobretudo em decorrência da projeção cada vez maior dos transportes rodoviários que, fazendo-se de porta a porta da fábrica ao pequeno distribuidor, suprimem outros intermediários e ligam diretamente os centros consumidores aos centros industriais. Além dessas conclusões, o livro inclui também uma série de anexos: textos de autoria de outros pesquisadores sobre aspectos específicos, além de um grupo de mapas.

Busca resgatar a memória sobre a Cidade do Rio de Janeiro, a partir da história de sua evolução arquitetônia e paisagista, através da exposição de um grande número de cartões postais que mostram diversos pontos da Cidade durante as primeiras décadas do século XX. Faz comentários sobre cada ponto da Cidade representando nos cartões postais, relatando a sua história particular.

Analisa a influência de três períodos da vida do escritor Pedro Nava no Rio de Janeiro, sobre a sua produção literária. A da infância, os sete, oito anos vividos no Rio Comprido, no início do século XX. Na adolescência, dos treze aos dezessete anos, como aluno do Internato do Colégio Pedro II, por volta dos anos 20. E a do médico da Prefeitura, a partir do ano de 1933, o período em que escreveu suas memórias, até o seu falecimento na década de 80. Realiza comparações com as representações dos poetas Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira sobre a cidade, abordando principalmente temas como o Carnaval, a vida boêmia e a Lapa.

O artigo discute as maneiras como cidade e cidadania vêm sendo representadas no Rio de Janeiro, examinando fotografias da cidade publicadas nos principais jornais cariocas em contextos considerados particularmente violentos. Analisa imagens da revista de crianças por soldados do Exército durante uma operação militar de cerco às favelas da cidade (Operação Rio). Demonstra como essas imagens acionam - e nessa medida também constituem - o repertório simbólico através do qual os direitos civis das populações faveladas do Rio de Janeiro vêm sendo percebidos.

A partir do levantamento, feito pelo URBANDATA/IUPERJ, “1001 Teses Sobre o Brasil Urbano”, as professoras Licia do Prado Valladares e Maria Josefina Gabriel Sant`Anna selecionaram e sistematizaram trabalhos que tinham o Rio de Janeiro como referência, e geraram o primeiro catálogo de teses sobre o Estado.

Evolução social da cidade, acrescentando aspectos pouco explorados do seu desenvolvimento econômico e político, com ênfase sobre os serviços públicos, especialmente a administração e o setor urbanístico da cidade. Uma parte do material apresentado nesta obra já havia sido utilizada noutro trabalho do autor, Evolução da Arte Brasileira entre 1808 e 1850. Com o aprofundamento do estudo do ambiente social foram adicionadas novas informações. O autor dilatou os limites desse período, passando a abranger toda a fase imperial. Acrescentou novos estudos e pesquisas documentais abrangendo vários aspectos da vida da cidade, tipos populares, passatempos, instrução, etc.

Desde a segunda metade do século XVIII, o Rio de Janeiro vinha crescendo de forma significativa, mas este processo é acelerado pela vinda da corte portuguesa e sobretudo a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Centro das decisões políticas e pricipal porto exportador e importador do país, a cidade funcionava como polo de redistribuição da economia brasileira, ainda essencialmente agrária, e desenvolvia cada vez mais os setores comerciais e prestação de serviços. Toda essa polarização econômica e financeira trouxe uma imensa atração pela vida na capital. A população quase quadruplicou na primeira metade do século XIX e o assentamento dessa população também sofreu mudanças significativas, revelando um progressivo processo de urbanização e de estratificação social. Todo esse processo de expansão urbana do Rio de Janeiro vai logicamente refletir-se na configuração de sua centralidade, assim como na modificação da paisagem construída, como fica bastante evidente se compararmos os mapas da cidade em 1808/1812 e em 1852.